Golpes no Pix: Como Funcionam e Como se Proteger
O Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central, completou um ano em novembro de 2021 e já se tornou um hábito no Brasil. No entanto, com sua popularidade, também surgiram golpes cada vez mais sofisticados. Até setembro de 2021, a Receita Federal bloqueou mais de 2,7 milhões de tentativas de golpes envolvendo o Pix. Neste artigo, vamos explicar como funcionam alguns dos golpes mais comuns e como você pode se proteger.
Como Funcionam os Golpes no Pix?
A maioria dos golpes utiliza engenharia social, ou seja, a manipulação psicológica para enganar as vítimas. Aqui estão alguns dos métodos mais usados pelos criminosos:
1. Capturador de Sessões
Neste golpe, o criminoso envia um arquivo malicioso (PDF ou e-mail) que, ao ser aberto, infecta o dispositivo da vítima. Com o vírus instalado, o hacker recebe notificações quando a vítima acessa seu aplicativo de banco. Ele captura a sessão, obtém senhas e faz transferências via Pix. Em alguns casos, os golpistas clonam o número de celular da vítima para burlar autenticações de dois fatores.
2. Phishing (Páginas Falsas)
No phishing básico, os criminosos criam páginas falsas que imitam sites de bancos ou ofertas enganosas. A vítima é induzida a inserir dados pessoais, como senhas e números de cartão. No phishing avançado, os hackers acessam o DNS (Sistema de Nomes de Domínio) da vítima, redirecionando-a para sites falsos sem que ela perceba.
3. SMS Emergencial ou SMS Premiado
Neste golpe, os criminosos enviam mensagens em massa pedindo ajuda financeira ou anunciando prêmios. Eles solicitam transferências via Pix para “resolver problemas” ou “liberar o prêmio”. Muitas pessoas, ao se sentirem pressionadas ou atraídas pela oferta, acabam caindo no golpe.
4. Sequestro-Relâmpago
Com a instantaneidade do Pix, criminosos estão sequestrando pessoas e mantendo-as reféns até que façam transferências. Como o dinheiro é transferido instantaneamente, é quase impossível recuperá-lo após o golpe.
Como se Proteger dos Golpes no Pix?
Especialistas em segurança digital recomendam três passos essenciais para evitar cair em golpes:
1. Use um Antivírus no Celular
Um bom antivírus pode bloquear arquivos maliciosos e proteger seu dispositivo contra vírus que roubam dados bancários.
2. Desconfie de Mensagens e Ligações Desconhecidas
Nunca compartilhe senhas ou dados pessoais com desconhecidos. Se receber uma mensagem suspeita, entre em contato diretamente com a instituição para confirmar a veracidade.
3. Escolha Senhas Fortes
Evite senhas óbvias, como “123456” ou “adm1234”. Use combinações complexas para proteger seu celular, contas bancárias e rede Wi-Fi. Segundo Emílio Simoni, especialista em segurança digital, cerca de 40% dos celulares brasileiros estão vulneráveis a golpes devido a senhas fracas.
O Mercado Paralelo dos Golpes
Os criminosos estão cada vez mais organizados. Alguns programadores criam softwares maliciosos e “alugam” licenças para outros hackers por até R$ 2 mil por semana. Esses programas são usados para roubar dados e transferir dinheiro para criptomoedas, dificultando o rastreamento.
Conclusão
O Pix revolucionou as transações financeiras no Brasil, mas também trouxe novos desafios em termos de segurança. Ao seguir as dicas de proteção e manter-se alerta, você pode evitar ser mais uma vítima desses golpes. Lembre-se: desconfie de ofertas suspeitas, proteja seus dispositivos com antivírus e use senhas fortes.
Fique atento e compartilhe essas informações para ajudar mais pessoas a se protegerem! 💡🔒
Fonte: BBC News Brasil
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